miércoles, 31 de marzo de 2010
domingo, 21 de marzo de 2010
Cassiano Ricardo (1895-1974)
Iara, a mulher verde
Neste país de coisas em excesso
o sol me agride, o azul passa da conta.
No entanto, os poucos beijos que te peço
o teu amor futuro me desconta.
De tanto céu tenho a cabeça tonta.
O meu jornal é todo em verde impresso.
Só tu, a quem já um pássaro amedronta,
te fechas no mais íntimo recesso....
No país do excessivo, és muito pouca.
Vê a borboleta jovem, como esvoaça.
Vê como nos convida a manhã louca!
Por seres assim, se tudo é assombro,
se a própria nuvem branca – e com que graça –
só falta vir pousar em nosso ombro?
Neste país de coisas em excesso
o sol me agride, o azul passa da conta.
No entanto, os poucos beijos que te peço
o teu amor futuro me desconta.
De tanto céu tenho a cabeça tonta.
O meu jornal é todo em verde impresso.
Só tu, a quem já um pássaro amedronta,
te fechas no mais íntimo recesso....
No país do excessivo, és muito pouca.
Vê a borboleta jovem, como esvoaça.
Vê como nos convida a manhã louca!
Por seres assim, se tudo é assombro,
se a própria nuvem branca – e com que graça –
só falta vir pousar em nosso ombro?
viernes, 12 de marzo de 2010
Liana Timm
O QUE EU QUERO
o que eu quero?
uma vida onde o embaraço silencie
o disfarce
onde a confissão discuta
as trevas
não quero a afinação das mágoas
quero sim questões
que desalinhem
O AMOR É COMO UM GATO
o amor é como um gato
comedido
seduz ronronando
armadilha e bote
aconchego e mito
por isso desperto
e grito
O MESMO QUE SENTE
se me convém
finjo
estar exposta...não posso
o ser que fala
ao mesmo tempo sente
ainda outro
sempre ausente
vai
na varredura do vento
em remanejos
o que perdura
são nascentes
fluxos labirintos
ondas quentes
à espreita
o ser que finge repercute
e palpita
CRIATIVA
sempre vidro
água
sempre vento
quaisquer desejos
Intenso tempo de enganos e invenções
a vida é feita...
não!
a vida é rarefeita
não
a vida é muitas vezes
um choque elétrico
o que eu quero?
uma vida onde o embaraço silencie
o disfarce
onde a confissão discuta
as trevas
não quero a afinação das mágoas
quero sim questões
que desalinhem
O AMOR É COMO UM GATO
o amor é como um gato
comedido
seduz ronronando
armadilha e bote
aconchego e mito
por isso desperto
e grito
O MESMO QUE SENTE
se me convém
finjo
estar exposta...não posso
o ser que fala
ao mesmo tempo sente
ainda outro
sempre ausente
vai
na varredura do vento
em remanejos
o que perdura
são nascentes
fluxos labirintos
ondas quentes
à espreita
o ser que finge repercute
e palpita
CRIATIVA
sempre vidro
água
sempre vento
quaisquer desejos
Intenso tempo de enganos e invenções
a vida é feita...
não!
a vida é rarefeita
não
a vida é muitas vezes
um choque elétrico
Paulo Franchetti
epitagmata epitattein
estes poucos cabelos,
este gesto,
esta úlcera
e as coisas de praxe:
uma fita, este brilhante
palavras,
discos, móveis,
automóvel,
óculos
e o que quiser mais
desde que de novo
abaixe
docemente
o rosto
a nuca fique em abandono
a carne em desmaiada espera
fingindo
embora ou a valer
que a mesma dor
é o prazer
de dar prazer:
volúpia de perder,
vibrando apenas,
por um instante,
sob o rápido
e amoroso
golpe.
estes poucos cabelos,
este gesto,
esta úlcera
e as coisas de praxe:
uma fita, este brilhante
palavras,
discos, móveis,
automóvel,
óculos
e o que quiser mais
desde que de novo
abaixe
docemente
o rosto
a nuca fique em abandono
a carne em desmaiada espera
fingindo
embora ou a valer
que a mesma dor
é o prazer
de dar prazer:
volúpia de perder,
vibrando apenas,
por um instante,
sob o rápido
e amoroso
golpe.
sábado, 6 de marzo de 2010
Dia Internacional de Luta das Mulheres
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