jueves, 27 de febrero de 2014

Siron Franco




A poesia de Marcos Caiado

11


e quando o amor chegar
não faça planos
nem suponha infinitudes:
deguste os quitutes.

quando o amor chegar
desfrute
do som dos atabaques.
se entregue aos batuques.

o amor provoca música
e faz bico às matemáticas:
tem seus próprios números
e truques.

quando, por acaso,o amor chegar
deixe estar!

se for para fazer planos,
que sejam aeroplanos.



 14


me encanta
afagar o nada pensando em ti
e depois florir que nem metáfora

me encanta o mantra breve do teu beijo:
tilintar de radinho, tique redemoinho
de ventilador quase sem ar...


me encanta perambular
entre a invenção da tua presença
e a reticência.






15


sombra


no quintal da minha casa,
nova sala florescera.

há um pé de sofá
onde havia a goiabeira.