lunes, 26 de octubre de 2009

domingo, 25 de octubre de 2009

Poetas do Maranhão

LÍLIA DINIZ

“Liça muié”

me rio
me lua
me pote
me jacá
me poço me mato
me pilão me barro
me azeite me açude
me abane me esteira
me cabaça me quibane me cacimba
me vagalume me lamparina
me poetiso
em ti


Afogada

Náufraga no açude
dos teus beijos
pesco estrelas
no céu da tua boca



É apenas um convite para que visitem o blog da autora, onde tem mais:

http://lilia-diniz.blog.uol.com.br/



HAICAIS AO SOL
II Antologia Haicais 2008
CoordenaçãO; Débora Novaes de Castro
São Paulo: Vip Editora, 2008
(uma seleção aleatória)

BENEDITA AZEVEDO(Benedita Silva Azevedo, Itapecuru-Mirim, Maranhão,
reside em Magé, RJ)

Manhã de janeiro —
Por cima do muro a flor
do hibisco vermelho.

*
Retalhos de sol
na trilha da caminhada —
Canta o bem-te-vi

*
Na grama do sítio,
o pisca-pisca festivo —
Voam vaga-lume.



ADAILTON MEDEIROS

Nasceu em Caxias, Maranhão, em 1930 e estudou jornalismo em Niterói, Rio de Janeiro., e depois mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Livros de poesia: O Sol Fala aos Sete Reis das Leis das Aves e Bandeira Vermelha.

AUTO-RETRATO

Diante do espelho grande do tempo
sinto asco
tenho ódio
descubro que não sou mais menino
Aos 50 anos (hoje — 16 / 7 / 88 (câncer) sábado — e sempre
com medo olhando para trás e para os lados)
questiono-me (lagarto sem rabo):
— como deve ser bom
nascer crescer envelhecer e morrer


Diante do espelho grande na porta
(o nascido no jirau: meu nobre catre) choro-me:
feto asno velhote pétreo ser incomunicável
sem qualquer detalhe que eu goste
(Um espermatozóide feio e raquítico)


Como nas cartas do tarô onde me leio
— eis-me aqui espelho grande quebrado ao meio

jueves, 1 de octubre de 2009

Mais de 5.000 visitantes...

Gente mais de cinco mil visitantes!!!
de muitos países.
Coisa boa, só tenho que agradecer a todos.
No Brasil, cultura pouca é bobagem,
dá em pé de bananeira, de manga, o solo
é fértil de artistas, que crescem e aparecem
por todo canto, em todos os cantos deste país.
Isso é o reflexo de nossa alegria, de nossa
ESPERANÇA, em meio à miséria de nossas governanças.Temos fome do que nos ENCANTA, apesar da fome
da mesa.
Somos um povo cheio de contradições e
diferenças, como todos os outros, afinal, fazemos
parte deste grande grupo que se chama (ainda),
RAÇA HUMANA.
Muito obrigada!