lunes, 26 de mayo de 2008

Cruz e Sousa

INEFÁVEL


Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas

2 comentarios:

paula varela dijo...

bellas voces arrebatadas!!

Cynthia Lopes dijo...

Oi Paula, e tem mais, muito mais neste universo da poesia brasileira. Bom lhe ver aqui,
besos