domingo, 17 de abril de 2011

Elvé Monteiro de Castro

Do livro "Pele & Papel" (2007)


Berreiro


Meus poemas, eu canto.
Canto, falo e grito.
A hacanéia nitre
e o anho é que bale.

Meu poema eu berro,
urro. E perco a voz.
Nada, nada existe ou faz
com que eu me cale.


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Magia


Seus cabelos são fios de seda, macios,
e seus olhos, vermelhos e verdes de fogo,
e sua pele, relva de pelos cor de pêssego,
e os seios? ah, os seios - pomos de ouro puro.

Minha amada é uma deusa vestida de nada
e um véu de renda branca, que baila no vento.
Esse amor eu procuro. Se não acho, invento.

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